domingo, 18 de maio de 2014

Resenha: A culpa é das estrelas


"Olha só, mais uma resenha de A culpa é das estrelas, que surpresa", você deve estar pensando, mas calma lá gente, tentarei fazer diferente e além do mais, minha opinião sobre esse livro não foi igual à da maioria.
Para começar já vou dizendo que é muito difícil falar sobre um livro que comoveu milhares de pessoas e que a maioria ama, mas vamos lá!
O tema principal do livro é o câncer, porque acho que se não fosse por ele, a história de Hazel e Gus não seria tão emocionante assim, e foi nesse ponto que todos choraram e amaram a obra. Não estou sendo fria, já perdi um familiar para essa maldita doença, e nossa, é muito sofrimento! Portanto, seja a história sendo de um casal, de um idoso, uma criança, um adulto, ela seria comovente.
Vocês devem estar achando que eu não gostei do livro, mas para a surpresa de vocês (e minha também) eu gostei bastante! Eu não curto muito modinhas, sabe, já estava chato ver a palavra "okay" por todo lado e parecia que virou uma obrigação entre as adolescentes ler este livro, e foi por isso que prometi que nunca chegaria perto dele na minha vida.
Mas por ironia do destino, ganhei ele de aniversário (obrigada!) e comecei a lê-lo sem ânimo ou expectativa alguma e acho que esse foi o motivo de eu ter gostado. A narrativa começa meio lenta (mas nada que o faça desistir do livro, já que John Green tem uma escrita leve) com Hazel, uma adolescente de 16 anos falando sobre sua doença, sobre seus pais, sua vida monótona e como ainda sobrevive graças a um medicamento chamado falanxifor. E aí, num momento em que ela descreve sua quase morte, percebi que uma lágrima escorria pelo meu rosto, "droga, Carol, não era para você chorar!". Me afeiçoei bastante com os pais de Hazel, que praticamente vivem para a filha, mas a protagonista por enquanto me parecia indiferente, pois prometi para mim que não gostaria dela por ela ter uma doença terminal, mas sim por suas atitudes ao longo da história.


Somos apresentados também para Isaac, um amigo de Hazel do Grupo de Apoio à Crianças com Câncer, que é bem divertido e possui câncer na visão. Ah, e é bem nesse grupo, que Hazel conhece Augustus e com um olhar, a mágica acontece... Um tanto clichê, mas okay (hehe trocadilho) a história se segue e a relação dos dois vai avançando de forma bem rápida. Em poucos dias os dois são íntimos, mas claro, com uma doença terminal, o tempo passa mais rápido para você do que para o resto do mundo.
O tão famoso Augustus Waters é um personagem bem charmoso, tem olhos azuis vibrantes, gosta de usar metáforas em seus diálogos, também é amigo de Isaac e possui osteosarcoma, e graças a isso, não tem uma das pernas.
Um outro personagem que chamou bastante minha atenção foi Peter Van Houten, o autor do livro Uma Aflição Imperial, que é o livro preferido de Hazel e bom, se eu contar mais estarei dando spoilers.
Os diálogos entre os personagens são bem estruturados, com muito significado, humor, drama... E a cada página, fui me apegando mais a cada um dos personagens, à história de cada um, às suas relações e por fim, Hazel me ganhou e eu consegui entender seu jeitinho.
E quando eu menos esperava, John Green fez uma coisa que me deu muita raiva. Foi uma reviravolta na história, eu não esperava, e aquilo me entristeceu bastante.
Ao fim do livro eu estava satisfeita, sabia que aquilo iria acontecer, não daquele jeito, mas já era de se esperar. Senti falta de um desfecho melhor para Peter Van Houten, esperava uma última página mais incrível e alguns diálogos foram um tanto surreais, porque não vejo pessoas se comunicarem através de poemas e a todo momento fazerem metáforas de coisas tão simples, que foram meio desnecessárias. Mas mesmo com esses defeitinhos, a história é encantadora, aconselho a ler.

NOTA: 9/10

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