domingo, 4 de novembro de 2018

1 Conto de Terror

Terminando nossa contagem regressiva, trazemos um conto inédito de nossa autoria: "Divirta-se: Mágica"!
Como ele tem mais de mil palavras, nós postaremos uma parte dele maaas nos enviando um e-mail no endereço do blog HSF (historiassemfimcontato@gmail.com) responderemos enviando o conto inteiro!
Aproveitem a leitura!



Divirta-se: mágica

– Eu não gosto de mágica. – Disse séria, olhando fixamente pros olhos castanhos.
– Isso é uma coisa muito boa pra se dizer pra um mágico aspirante no primeiro encontro!
– Eu falo sério.
– Eu também! Imagina se você tivesse esperado mais três encontros pra me dizer isso? Eu ia ficar sentido… Mágica não é só fazer cartas aparecerem em lugares estranhos!
– Ah, sei, é fazer aparecer coelhos também, não é?
– Você está mal-humorada hoje! Me dê sua mão.
Ele pegou as mãos macias da moça e apertou um pouco. Olho-a nos olhos e disse:
– Você brigou com a sua irmã hoje e seu cachorro ficou doente também.
– Ah… para com isso! – Disse afastando-se e com um sorriso estranho. – Como adivinhou?
– Eu disse que mágica é mais do que imagina!
– Quer saber? Eu também sinto uma energia negativa, e eu não sentia antes.
– Energia negativa? Bom… não sei o que dizer.
– É, como se algo de ruim fosse acontecer. Quer dizer, deve ser algum remorso por ter saído de casa sem avisar meus pais e não ter me desculpado com a minha irmã…
– Deve ser.
Os jovens andavam por uma rua escura, era por volta das 18 horas. Naquele bairro não tinha muito movimento, era afastado do centro da cidade, mas ali tinha um lote grande, onde o Parque de Diversões da cidade foi instalado. Há sete meses o Parque foi interditado porque houve complicações, mas nada foi muito divulgado. Os donos ficaram muito tristes com o acontecimento, mas não puderam fazer nada além de abandonar o local que estava na família há décadas. Ouviu-se dizer que eles estavam falidos agora.
Aquele era o primeiro encontro dos dois, se conheceram na saída da escola há um mês. O menino era um pouco mais velho que ela e queria ser um grande mágico no futuro, ele disse. A menina tinha 16 anos, uma aluna qualquer da escola. Não havia muita coisa sobre ela a ser dito.
– Por que me trouxe aqui? Não podia ser num lugar mais vivo?
Ele riu.
– Quer que eu pegue você num lugar onde todo mundo possa ver ou num lugar onde ninguém pode visitar?
Ela deu de ombros. Não tinha andado naquela parte da cidade antes, mas tinha notado o pouco fluxo de veículos por ali. O garoto disse que queria levá-la pra conhecer o Parque da cidade, mesmo estando proibido para visitas. Ele a convenceu de que ia ser legal visitar o local porque estava vazio e, assim, ninguém os incomodaria. Além de ela poder contar pras amigas que ficou com um cara mais velho num lugar escondido do mundo!
– Vem, a entrada é por aqui! – Segurou-a pela mão e entraram numa rua estreita. Antes dava pra ver o Parque mas parecia estar ainda meio longe.
Eles entraram pela porta de uma garagem, andaram mais um pouco e saíram por uma porta, numa rua, onde lá estava o Parque. Era imenso! Os brinquedos estavam pouco gastos pela falta de manutenção e pela erosão do tempo, mas ainda eram coloridos e bonitos. O que faltava pra dar vida ao lugar eram as pessoas. O resto era fantástico!
A menina sorriu quando viu o lugar. Reluzia à luz do sol poente e era tudo tão bonito! Sentiu vontade de trazer sua família ali, comprar doces e andar na roda-gigante com sua mãe que tinha medo de altura. Era mágico!
O garoto se virou pra ela e lhe deu um beijo. Não foi longo, mas ela teve uma sensação diferente.
– Vem que vou te apresentar uns lugares maneiros! A notícia ruim é que não tem energia elétrica por aqui, mas ainda é divertido!
Ele foi a puxando pela mão e levando pelo Parque afora. Foi lhe apresentando os lugares, onde tinha isso e aquilo, onde as pessoas faziam isso e aquilo outro… Ele conhecia ali muito bem.
Bem demais.
Ele começou a cantarolar uma música e ela ficou curiosa.
– Que música é essa? É familiar…
– Ah, era a música do carrossel daqui. Eu ouvia muito essa música e parece que fica grudada na cabeça. – Sorriu.
Os dois se sentaram na plataforma de um Carrossel e ficaram conversando abraçados.
– Lembra quando você disse que não gostava de mágica? Posso saber porquê?
(...)

Ficou curioso? Hahaha! 
Enfim, esperamos que tenham curtido nossa semana de terror!

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