segunda-feira, 28 de abril de 2014

Resenha: Dragões de Éter - Círculos de Chuva



Faz um tempinho que eu prometi a resenha desse livro aqui no blog, mas eu acabei esquecendo de escrever! Mas ó, tá aqui a resenha pra vocês e foi com muito pesar que eu li o último (até agora) volume da série Dragões de Éter.
Já posso adiantar que Raphael Draccon acertou em cheio novamente. Eu fico muito orgulhosa mesmo (e vou repetir isso pra sempre) dele ser brasileiro, e nem venham achar que eu tô puxando saco, onde já se viu, só porque eu elogio um ator da minha nacionalidade as pessoas já acham que o elogio é forçado...
Esse autor manda muito bem na escrita e dá pra sentir com a escolha cuidadosa das palavras e o trabalho feito nos personagens e na trama, que ele escreve por paixão. Posso garantir que você sentirá isso também quando ler!
Eu confesso que estava com um pouco de receio de ler esse livro, já que por culpa dos dois primeiros volumes, minha expectativa ficou lá em cima, mas como sempre ela foi vencida!
Em Círculos de Chuva, uma guerra mundial se aproxima e as coisas começam a ficar sérias em Nova Ether. Se você gosta de aventura, romance, histórias de guerra, personagens complexos e intrigantes, meu caro, você achou o livro perfeito.
Sinopse
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas se voltam contra as antigas raças. E, assim nasce a Era Antiga.

Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo Rei e vive a esperada Era Nova.
Coisas estranhas, entretanto, nunca param de acontecer...
Dois irmãos sobreviventes a uma ligação com antigos laços de magia negra descobrem que laços dessa natureza não se rompem tão facilmente e cobram partes da alma como preço. Uma sociedade secreta renascida com um exército de órfãos resolve seguir em frente em um plano com tudo para dar errado em busca do maior tesouro já enterrado, sem saber como isso pode mudar a humanidade. O último príncipe de Arzallum viaja para um casamento forçado em uma terra que ele nem mesmo sabe se é possível existir, disposto a realizar um feito que ele não sabe se é possível realizar. Uma adolescente desperta em iniciações espirituais descobre-se uma mediadora com forças além do imaginário.
E um menino de cinco anos escala uma maldita árvore que o leva aos Reinos Superiores, ferindo com isso tratados políticos, e dando início à Primeira Guerra Mundial de Nova Ether.
E mostrará que o mundo nunca para de mudar
 O prólogo nos mostra a história do menino que escalou a "maldita árvore que o leva aos Reinos Superiores" e eu já liguei à história de João e o Pé de Feijão (acho muito divertido achar as referências). A forma como ele nos trouxe a "releitura" foi sensacional e encachou perfeitamente na narrativa.
Daí em diante já percebemos uma movimentação diferente dos personagens e um ritmo mais rápido da trama, comparando com os outros dois livros. Percebemos isso principalmente com uma certa morte que eu fiquei bem chateada...
Eu notei que cada personagem tem sua função sutilmente estabelecida e de todo o livro o que eu achei mais incrível foi o encontro de vários personagens que eu nunca achei que chegariam a entrar em contato.
A relação de João Hanson e Ariane Narin amadurece, e falando em João, ele é o que mais amadureceu ao meu ver. O livro nos aproxima muito mais de seu desenvolvimento, fazendo-nos sentir suas dificuldades, vibrar nas suas vitórias e chorar em suas derrotas.
O príncipe Axel Branford também foi outro que amadureceu muito e que acabou perdendo muito de seu humor (mas é aceitável, já que ocorreram tantas mudanças em sua realidade).
Nossa, é difícil comentar sobre tudo o que eu achei desse livro! São muitos detalhes, muitos personagens, muitas cenas boas. Por isso, vou fazer um comentário geral das coisas que mais me chamaram atenção.
Snail e Liriel continuam sendo uma ótima dupla, o entrosamento desses dois é uma das minhas coisas favoritas, mas há várias reviravoltas durante o decorrer do tempo.
As guerras foram todas muito bem descritas. Eu senti a agonia dos soldados, o mau odor vindo dos corpos e a sensação de se estar num campo de batalha. E quem mais me chamou atenção na guerra foi a capitã Bradamante, que desde o princípio me ganhou como fã!
O ponto alto, para mim, foi o Reino Élfico. Quem diria que seria possível a criação de novas raças élficas tão brilhantes e complexas, eu fico até sem palavras para dizer o quanto elas são encantadoras...
Eu não sei mais o que falar, não sou muito boa com resenhas, ainda mais quando eu gosto muito de um livro, pois acabo me perdendo. Mas essa é a minha opinião sobre Círculos de Chuva: melhor impossível! Eu amei, chorei, ri e estou aqui esperando por um próximo que não foi anunciado ainda! Ah, e no finalzinho desse livro tem uma surpresa que deixa margem para uma continuação!
Draccon, obrigada por essa obra prima! Espero que você escreva muito mais!

Nota: 10/10

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